Muita máquina fotográfica, muita falta daquele misticismo que se deve vivenciar num lugar sagrado, muita falta de roupa, pois o calor era abrasador, muito homem de chapéus e bonés sem se darem ao trabalho de descobrirem a cabeça ao entrar no templo. Foi aí que me lembrei do véu de minha mãe que guardo religiosamente, muito bem dobrado, e embrulhado em papel de seda, no fundo de uma gaveta, que ela usava graciosamente quando ia à igreja, dando cumprimento a um preceito bíblico que, creio, vem do início do cristianismo e se preservou por milénios, havendo ainda, pessoas e grupos mais conservadores que conservam esse hábito que após o Concílio Vaticano II deixou de ter carácter obrigatório.
Este uso, com referências bíblicas, assim como o de o homem ter de entrar na igreja de cabeça descoberta , eram, quanto a mim, costumes bonitos que demonstravam modéstia e respeito na presença do Senhor.
É verdade que este é um costume muito remoto, e que precisamos de fé e pureza é no coração e estas não estão na no exterior contudo, o nosso modo de estar e de ser pode ser um indicador de como devemos conduzir o nosso interior.
E foi por tudo isto, e devido aos inúmeros turistas que encontrei por Lisboa, que fui buscar o véu de minha mãe, para que ele me faça lembrar de como me devo conduzir, pois sinto muita vez uma força inexplicável que me faz desviar do caminho certo!
Sem comentários:
Enviar um comentário