Faz hoje dez anos que faleceu o meu pai.
Dei por mim a pensar muito, muito nele, na sua vida, que no fundo foi também a minha, e em tudo o que se passou, e concluo que foi um grande homem. Mesmo nos longos anos da sua doença terminal foi um homem corajoso, enfrentando a situação com dignidade, mostrando sempre um sorriso alegre a quem o visitava, não sendo exigente, mostrando-se compreesivo e cooperante comigo que tinha uma vida muito preenchida com os cuidados e acompanhamento que lhe prestava e com a minha vida familiar e profissional.
Ele, como todos os homens, chegou a esta vida com os punhos fechados prontos para a agressividade e para a luta da vida, trabalhou e lutou de forma digna e exemplar e partiu de mãos abertas porque a luta acabara, já não precisava de nada, mas tinha desempenhado bem o seu papel de pai, marido e cidadão consciente, deixando o seu exemplo de homem bom, honesto e traballhador e sobretudo muita saudade, uma saudade que ainda doi muito!
Descansa em paz, meu pai.
Sem comentários:
Enviar um comentário