No dia da mulher, em D. Insular, era publicada , na pág. 6, uma peça jornalística cujo título me chamou especial atenção- EMPRESÁRIAS AÇORIANAS GANHAM METADE.
No desenrolar da peça explicava-se que no mesmo sector de actividade as mulheres têm um rendimento mensal de perto de metade embora se acrescente que os empresários , homens e mulheres, entendem não haver desigualdades entre os mesmos o que , na verdade, estranho visto que também se adianta , segundo o estudo feito pela Norma Açores que serve de base à referida peça, que 49% dos empresários têm as tarefas domésticas a cargo das mulheres enquanto que por parte das empresárias só 3,7% as têm a cargo dos maridos!
A mulher também se sente presa às emoções, com medo de arriscar, preferindo estabilidade "nomeadamente devido à família", Porque será?. Terá ela a intuição de que se a "coisa der para o torto" alguém abandonará o barco ficando a mesma com uma tarefa gigantesca a seu cargo? Isto, claro, sem se generalizar!
Toda esta informação me reportou para um livro que ando a ler, escrito pela espanhola "Rosa Montero" ,"História do Rei Transparente" cuja acção se desenrola na Idade Média e a certa altura, págs 50/51 se refere à lenda da Papisa Joana, uma jovem de Mogúncia que se disfarçou de monge e viajou para Atenas para ter acesso ao saber, tornando-se tão sábia e famosa que foi eleita papa desempenhando bem e com prudência as suas funções.
Não sei como a que propósito liguei estes dois assuntos, pois estamos muito muito longe do século XII, ou não estamos !?
Concluo com as palavras de "Rosa Montero" " esta é uma história de esperança, as mulheres podem ser tão sábias ou mais do que os homens e podem governar o mundo de uma forma judiciosa" é preciso que as deixem tentar, que as ajudem a tentar , ser sábias, ser poderosas e a ganhar o mesmo que os seus congéneres...
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